quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Agarrar a lua.




Uma folha arrancada de um caderno com as folhas soltas.

Não deverias ter pensado só em ti.  Não podias  ter feito isso.  Lamento, mas agora já não há mais nada que possas ser ou dizer - não te quero a meu lado. Arrruma as tuas coisas. Leva a gata, não te esqueças da caixa de areia e das latas de ração. Fecha  bem a porta, quando saires. Deixa a chave na caixa do correio. Vai. Adeus. Sim,  faremos o luto sozinhos. Nem o tempo nos pertence. Morreremos  pessoas diferentes.
Adeus!

 
 
(Agarrar a lua, comprar um vestido encarnado e dançar até ser dia. Outra vez.)
 
 
 
 

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